De novo a Ilustrarte

Maria Keil nasceu em Silves no dia 9 de Agosto de 1914. Frequentou o curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa. Em 1933 casou com o arquitecto Francisco Keil do Amaral.
Na área da ilustração de livros para a infância ilustrou mais de 30 obras, destacando-se a longa parceria com Matilde Rosa Araújo. Ilustrou também obras para adultos de vários autores e textos da sua autoria. Ilustrou igualmente para publicidade e imprensa.
A azulejaria foi outra das áreas em que se notabilizou. Projectou o revestimento das primeiras 9 estações do Metropolitano de Lisboa e criou painéis para a Av. Infante Santo em Lisboa, para os escritórios da TAP em Paris e Nova Iorque, para a União Eléctrica Portuguesa, para o Aeroporto de Luanda, entre outros trabalhos.

Vai ser inaugurada mais uma exposição no âmbito da Ilustrarte no Auditório Augusto Cabrita, no Parque da Cidade. É no próximo dia 5 de Maio (Sábado) pelas 17h , chama --se "A Arte de Maria Keil"e conta com a presença da artista. Simultaneamente será lançado o livro de João Paulo Cotrim, com ilustrações de Maria Keil " A Árvore que dava olhos". Peçam aos vossos pais que vos levem .

Uma aluna da nossa escola, nos seus tempos livres, escreveu alguns contos com muita imaginação. Li -os e não resisti a colocar aqui um deles para vocês todos lerem:

O rei indeciso

Era uma vez um rei que era muito indeciso, não sabia o que queria para o almoço ou para o jantar, não sabia se queria os lençóis da cama vermelhos, cinzentos ou mesmo brancos.

Um dia um empregado perguntou -lhe:

- O que quer para o almoço, Majestade?

- Pode ser frango. Não, não, um arroz de lulas. Não , não, um esparguete à bolonhesa. Não, afinal quero arroz de pato.

O povo não gostava de gente indecisa e começaram a surgir uns rumores de que o rei era indeciso, mas nada de especial que afectasse o reino.

Um dia o rei estava a fazer um discurso perante o seu povo e a certa altura disse:

-Hoje vamos fazer um jantar para comemorar a nossa vitória. Não, não quero antes um almoço, não é melhor um lanche, ou talvez uma ceia seja o ideal.

Um senhor que estava a ouvir o discurso disse:

- O rei é indeciso, não serve para governar o nosso povo!

Expulsaram o rei do castelo e elegeram um novo rei.

O novo rei era muito mal disposto, nunca concordava com as decisões do povo e mandava quase toda a gente para as masmorras. Era horroroso!

Até que um dia o povo elegeu novamente o rei antigo, o indeciso. Mas antes um habitante disse:

- Só poderá governar com uma condição, é passar a chamar -se rei indeciso. Assim foi.

Ainda hoje se fala que o rei indeciso quando morreu não sabia que caixão queria nem mesmo se queria ir para o Céu ou para o Inferno.

Carolina, 4º ano

25 de Abril "Dia da Liberdade"

Ontem, dia 24, os alunos do 4º ano da turma da professora Hermínia contaram, num pequeno poema, um pouco da história do nosso país após terem assistido a uma palestra sobre o 25 de Abril, na biblioteca da escola.

A palestra foi organizada pela Câmara Municipal do Barreiro a nosso pedido. Leiam com atenção:

Antes do vinte e cinco de Abril

o dia da Liberdade

muitas pessoas sofreram

pois era dura a verdade.

Foram tempos bem difíceis

vivia -se numa ditadura

ninguém tinha liberdade

p'ra tudo havia censura.

E havia uma polícia

PIDE assim se chamava

e as pessoas que prendia

duramente as torturava

As pessoas descontentes

e fartas de assim viver

resolveram dizer -basta!

não queremos mais sofrer!

Ao romper da madrugada

na rádio ouviu -se uma canção

estava dado o alerta

p'ra grande revolução

Chegou finalmente

o vinte e cinco de Abril

A revolução foi lançada

e a liberdade conquistada.

Neste dia especial

todos festejaram contentes

por todo o lado houve cravos

nas espingardas dos combatentes.

É o dia da Liberdade

Agora há muita alegria

Foi-se embora a ditadura

e veio a democracia.

Dia Mundial do Livro

Olá amiguinhos! Depois de uma ausência um pouco prolongada cá estou de novo para vos dar notícias da nossa escola.

Hoje comemora -se o Dia Mundial do livro mas também se aproxima uma data muito importante que é o 25 de Abril. Juntámos as duas comemorações e fomos ler uma história sobre o 25 de Abril . Essa história é contada no livro

"O Tesouro" de Manuel António Pina.

Depois todos meteram "mãos à obra" e construiram bonitos cravos de papel, vermelhos é claro!